Hoje apetece-me escrever sobre ti, de ti, para ti.
O Ruben.
- Aquele que todos julgam e metem de parte, por estar sempre a falar mal de toda a gente, por não participar em actividades desportivas, por não gostar de trabalhar em grupo, por não ser ético e ir contra a sociedade, por viver num mundo á parte, por querer sempre mais.
Para mim (corrijam-me se estiver errada, mas não me parece), o Ruben é uma pessoa difícil de agradar, uma pessoa difícil de lidar, alguém que está sempre um passo á frente de toda a gente, que permite aos outros tirarem conclusões erradas sobre ele mesmo, apenas porque é bem educado de mais, que tem opinião própria, que pensa e diz (enquanto que alguns só se ficam pela primeira parte).
Ele para mim é ELE próprio. E se tivessem a oportunidade de o ver com os meus olhos, acreditem que se sentiam melhor. Porque o Ruben “aparente” é o total oposto do Ruben.
E saber que eu sou tão importante para ele, como ele é para mim, é a coisa mais gratificante que podia ter: quando digo que me odeio, e ele diz que não vale a pena, porque se ele me adora é porque tenho muitas qualidades, saber que se não fosse eu, ele não aguentava nem mais um minuto naquela escola, que não há ninguém que o perceba tão bem como eu, é tudo o que sempre quis ouvir de um amigo.
Estás sempre para mim, até mesmo quando não estás com muita vontade, ou não te apetece “aturar mais um drama da Ana”, estás, ou fazes por estar, e só esse sacrifício (que eu sei que, por vezes, fazes) conta, conta muito.
Nunca me desapontaste, nunca me magoaste, nunca me apontaste o dedo.
Apesar de sermos de mundos diferentes, temos os mesmos princípios, pensamos da mesma forma, temos as mesmas opiniões, quando damos por nós estamos a dizer o mesmo ao mesmo tempo, no mesmo sítio, sobre as mesmas coisas. E quando me mandas aquele “olhar” que diz tudo (e tu sabes a qual me refiro), sinto que estou dentro da tua cabeça, que estou a andar pelo mesmo caminho que tu, que o meu objectivo é o teu.
Eu escrevo, porque sou melhor na escrita, não me saio muito bem com as palavras. Aqui sinto que posso dizer tudo o que quero. Mas dizer o quê mais? Tu já sabes o que vai cá dentro. Tu, mais que ninguém, sabe de tudo. Sabes mais de mim, do que eu própria. Compreendes-me melhor do que eu a mim.
Invisível, tu?
Tu destacas-te.
Mª Constança, a gata
Há 11 anos
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